Como se constrói uma coletividade? Notas sobre memória e espaço no movimento de moradia de São Paulo

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No dia 18 de agosto de 2002, em um Acampamento do Movimento dos Sem-Teto do Centro (MSTC), na cidade de São Paulo, ocorreu um homicídio. Esse evento suscitou uma série de outros eventos, que chamarei aqui de dramas sociais. Através da narrativa deles, tentarei compor uma rede do movimento de moradia da cidade de São Paulo e apresentarei algumas discussões sobre a noção de coletivo e de sujeito que o movimento engendra.

Autonomia do Estado: As possibilidades de Relação Estado e Sociedade Uma Discussão entre o neomarxismo de Poulantzas e Offe e o neoinstitucionalismo de Evans

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Neste artigo, buscamos trabalhar, em uma perspectiva comparada, as diferenças e as similaridades entre duas perspectivas teóricas que consideram em suas análises o Estado e as instituições como categorias centrais para a compreensão da realidade bem como para a transformação desta: o neomarxismo e o neoinstitucionalismo. Tentaremos demonstrar que essas duas correntes teóricas trabalham, de forma promissora, o mesmo tema específico: os atores políticos e sua capacidade de influenciar as políticas estatais.

As eleições das organizações populares para o Conselho Municipal de Habitação de São Paulo

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Este artigo representa um esforço de sistematização e análise da mobilização dos atores populares para a eleição de seus representantes na quarta gestão do Conselho Municipal de Habitação (CMH) de São Paulo. Consideramos ainda as interfaces que sustentam o processo: a relação entre movimentos, partidos, governo, além de recuperarmos elementos que caracterizam a atuação dos representantes populares neste espaço.

A questão dos atores, seus repertórios de ação e implicações para o processo participativo

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Busca compartilhar investimentos recentes de pesquisa que buscam agregar aos estudos sobre a participação os problemas relativos aos movimentos sociais e seus repertórios de ação.  Como outros autores já têm apontando, a partir do final dos anos 80, os estudos sobre participação, sociedade civil, espaço público, cidadania avançaram na mesma proporção em que os estudos sobre os movimentos sociais declinaram (Doimo, 1995; Silva, 2005).

A participação na era Lula: repertórios de interação em um Estado heterogêneo

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A análise aqui apresentada se baseia em pesquisa exploratória em três setores de políticas públicas com trajetórias de interação entre Estado e sociedade civil bastante distintas. São eles: desenvolvimento agrário, através da análise do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA); a política urbana, através do Ministério das Cidades; e segurança pública, através da Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP).

América Latina, conceito e identidade

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Desde suas origens no século XV o conceito América

Latina e a identidade latino americana é fonte de diferentes

interpretações. Algumas delas presentes na literatura dominante até o

século XX foram marcadas por definições equivocadas e até

preconceituosas. Tal cenário intensificou reações de uma literatura

crítica regionalista centrada sobretudo, na defesa nos valores locais.

No entanto, do antagonismo teórico envolvendo ambas as visões pelo

menos dois aspectos se destacam: a polêmica em torno da origem

A construção do movimento de moradia, de suas reivindicações e da política pública de habitação: em busca de uma visão integrada dos processos

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Neste artigo buscamos apresentar algumas reflexões propiciadas a partir de um olhar panorâmico que traçamos sobre a trajetória do movimento de moradia de São Paulo, trajetória essa recuperada a partir de uma chave pouco comum entre estudiosos de movimentos sociais: a chave da política pública. Escolhemos essa chave porque entendemos que a interação deste movimento com os atores do sistema político se orienta fortemente pela possibilidade de incidir sobre a construção e a implementação da política pública de habitação.